Quaest: 58% dizem que Lula não deveria se candidatar à reeleição

A pesquisa Genial/Quaest divulgada no domingo, 13 de outubro, revelou que 58% dos entrevistados acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026. O levantamento mostra um aumento no número de pessoas contrárias à possível candidatura de Lula, em comparação com julho, quando 53% manifestaram a mesma opinião. Em contrapartida, o percentual daqueles que defendem a candidatura do petista caiu de 45% para 40%. Apenas 2% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

O estudo entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 25 e 29 de setembro e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

Divisão por faixa de renda

A pesquisa também segmentou os resultados de acordo com a renda familiar dos entrevistados. Entre aqueles que recebem até dois salários mínimos, 56% afirmaram que Lula não deveria concorrer novamente, um aumento expressivo em relação a julho, quando 40% tinham essa opinião. Já 44% desses eleitores se mostraram favoráveis à candidatura de Lula, uma queda em relação aos 57% que apoiavam a ideia no levantamento anterior.

Entre os que recebem entre dois e cinco salários mínimos, 61% se opõem à reeleição do presidente, contra 56% em julho. O apoio à candidatura caiu de 41% para 39%. No grupo de eleitores com renda superior a cinco salários mínimos, 57% se disseram contra a candidatura de Lula, número inferior aos 62% registrados anteriormente, enquanto 36% se mantiveram favoráveis à candidatura do petista, a mesma porcentagem do levantamento anterior.

Contexto e implicações

Esses resultados mostram uma tendência de aumento da rejeição à possível reeleição de Lula, especialmente entre as faixas de renda mais baixas, que historicamente foram uma base de apoio significativa para o presidente. A queda de apoio pode refletir insatisfações com o governo atual e a situação econômica do país. A pesquisa também sugere que Lula enfrentaria desafios consideráveis caso decidisse concorrer em 2026, com uma crescente resistência, inclusive entre eleitores que tradicionalmente o apoiaram.

Esse cenário aumenta as incertezas sobre o futuro político do presidente e sobre a estratégia que o Partido dos Trabalhadores (PT) adotará nas eleições de 2026. A queda no apoio à reeleição de Lula pode também abrir espaço para novas lideranças dentro do próprio partido ou de outras legendas de esquerda, que buscam alternativas viáveis para a sucessão.

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Bruno Rigacci

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