Marçal iria para segundo turno com Lula, deixando Tarcísio para trás, diz Quaest

A pesquisa nacional realizada pela Quaest no final de setembro revelou uma surpresa no cenário eleitoral brasileiro ao simular uma disputa presidencial entre Lula, Pablo Marçal e Tarcísio de Freitas. No levantamento, o coach Pablo Marçal saiu à frente de Tarcísio, destacando-se como um forte concorrente na disputa para ser o sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse resultado indicou que, se as eleições fossem realizadas hoje, Marçal poderia enfrentar Lula no segundo turno, com 18% das intenções de voto, comparado aos 15% de Tarcísio de Freitas e aos 32% de Lula.

O desempenho de Marçal é significativo, especialmente considerando que ele é um nome novo no cenário político nacional e vem ganhando terreno ao atrair eleitores que buscam uma alternativa à polarização tradicional entre Lula e Bolsonaro. Na maioria das regiões do Brasil, Marçal superou Tarcísio, exceto no Sudeste, onde Tarcísio lidera com 20% das intenções de voto contra 16% de Marçal. Mesmo assim, o avanço do coach indica que ele está consolidando sua posição como uma opção viável para a direita e o centro-direita no Brasil.

Outro ponto de destaque é a preferência por Marçal como o sucessor de Bolsonaro. Quando os eleitores foram questionados sobre quem seria o candidato mais forte contra Lula, caso Bolsonaro não disputasse, Marçal apareceu à frente com 15%, enquanto Tarcísio e Michelle Bolsonaro obtiveram 13% e 12%, respectivamente. Esse dado mostra que Marçal não apenas divide a direita em São Paulo, onde concorre às eleições municipais, mas também tem potencial de competir em todo o país.

Vale ressaltar que, na edição de maio dessa mesma pesquisa, Michelle Bolsonaro liderava como sucessora preferida de Bolsonaro, com 28% das intenções de voto. O crescimento de Marçal desde então reflete uma mudança no cenário político, com ele ganhando mais visibilidade e apoio, especialmente em meio à sua campanha para a prefeitura de São Paulo.

Com a fragmentação da direita e a ausência de uma liderança consolidada desde a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o campo político ainda está em disputa, e Marçal surge como um nome que pode agregar parte desse eleitorado. No entanto, a pesquisa também revelou que muitos eleitores continuam indecisos, com 49% respondendo “não sabe” ou “não respondeu” quando perguntados sobre quem seria o candidato mais forte contra Lula em uma eventual eleição sem Bolsonaro. Isso mostra que o cenário eleitoral para 2026 ainda está longe de estar definido e pode sofrer grandes mudanças nos próximos anos.

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Bruno Rigacci

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