De acordo com o senador, a condenação de seu pai e dos participantes dos atos de 8 de janeiro teria sido politicamente influenciada. Ele expressou confiança de que as articulações no Congresso podem levar à aprovação da anistia ainda este ano, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.
Flávio Bolsonaro argumentou que o cenário político pode mudar até 2026, o que pode beneficiar seu pai. Segundo ele, “essa conjuntura política pode mudar”, e a anistia é uma forma de corrigir o que considera serem decisões injustas, tanto para Bolsonaro quanto para os envolvidos nos atos antidemocráticos.
A ideia de conceder anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro já era defendida por bolsonaristas, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro reforçou esse discurso em um pronunciamento no Dia da Independência, pedindo perdão para aqueles que foram responsabilizados pelos ataques.
As articulações políticas para anistiar Bolsonaro e os participantes dos ataques de 8 de janeiro são polêmicas, e o tema já desperta reações diversas na sociedade e no meio político. A decisão do TSE, que considerou Bolsonaro inelegível por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante seu mandato, foi uma das consequências de seu discurso questionando o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas. A defesa de Bolsonaro apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não julgou o recurso.
Se a anistia avançar no Congresso, ela pode representar uma reviravolta significativa no cenário político brasileiro, abrindo a possibilidade de Jair Bolsonaro voltar a concorrer a cargos eletivos antes de 2030. Além disso, a proposta de anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro deve gerar intensos debates sobre as consequências dos atos de insurreição contra o governo e as instituições democráticas.