O temporal que atingiu a capital paulista e a Grande São Paulo afetou o fornecimento de energia para 2,1 milhões de clientes. Até o fim da manhã, a Enel havia conseguido restabelecer o serviço para 500 mil deles. Entretanto, 960 mil unidades consumidoras ainda permaneciam sem energia na cidade.
Segundo o prefeito, a ineficiência da Enel prejudicou diretamente a operação da prefeitura, com 170 semáforos apagados até as 9h20, dos quais 152 estavam sem funcionar devido à falta de energia. Além disso, várias árvores caíram pela cidade, e equipes da prefeitura aguardam intervenção da Enel para realizar a retirada de galhos e árvores que atingiram a fiação elétrica.
Nunes também destacou que as falhas da concessionária envolvem 17 estações de alta tensão, algumas fora da cidade de São Paulo, o que intensifica os transtornos. O prefeito afirmou que espera que a cidade possa “se livrar dessa empresa” o quanto antes.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que irá intimar a Enel por falhas na prestação de serviços durante o apagão. Dependendo da resposta e das medidas de adequação, a concessionária pode até perder a concessão para operar na região.
Por sua vez, a Enel classificou o temporal como um “evento climático extremo” que causou o desligamento de 17 linhas de alta tensão e 11 subestações de energia. A empresa afirmou que cinco das linhas já foram totalmente restabelecidas, e oito subestações religadas.
O temporal que passou pela cidade deixou rastros de destruição, como quedas de árvores e até desabamentos. De acordo com a prefeitura, 49 ocorrências foram registradas, e os bairros mais afetados foram a zona leste, zona norte, sul, e as regiões central e oeste.