Barroso, que preside o STF, e Toffoli são relatores de processos que têm impacto direto sobre a JBS e o grupo empresarial dos irmãos Batista. O envolvimento dos ministros em eventos patrocinados por empresas com processos no STF levanta questionamentos sobre conflito de interesses, embora o tribunal tenha ressaltado que não há gastos da Corte com a viagem dos ministros, e que os processos relacionados à JBS têm sido decididos de forma imparcial, com decisões desfavoráveis à empresa em alguns casos.
O Grupo Esfera declarou que os palestrantes foram escolhidos pela relevância dos temas tratados no evento, negando a divulgação de qualquer pagamento de cachê ou custeio de despesas de deslocamento e hospedagem dos convidados.
O tema do ativismo judicial também foi abordado por Barroso durante o evento. Ele afirmou que o ativismo judicial no Brasil é um mito e que, na sua visão, o país vive uma harmonia entre os poderes, apesar de críticas frequentes ao papel crescente do Judiciário em decisões de impacto político e social. A declaração de Barroso ocorre em um momento em que a atuação do STF é frequentemente discutida e criticada, principalmente por parte de setores políticos que acusam o tribunal de extrapolar suas funções.
A JBS, em nota, explicou que apoia eventos que promovem o desenvolvimento econômico, enquanto o STF garantiu que a participação dos ministros não acarretou custos ao erário. Os gastos com segurança serão divulgados no portal da transparência.