Segundo Malafaia, sua postura é justificada por seu papel de defensor da fé e seus princípios religiosos. Ele reforçou que, ao longo dos últimos dois anos, ninguém defendeu tanto Bolsonaro quanto ele, e disse que, mesmo com suas críticas, Bolsonaro não se mostrou magoado. Em conversa com o ex-presidente após a repercussão, Malafaia declarou que continua fiel a seus valores e que sua missão não é política, mas religiosa:
“Eu sou uma voz e uma influência. Eu tenho que ter compromisso com Deus e com a palavra dele. Tenho que falar a verdade. Doa a quem doer.”
As declarações de Malafaia geraram respostas no meio político. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, discordou do pastor e afirmou que Bolsonaro foi decisivo para que Ricardo Nunes (MDB) avançasse ao segundo turno das eleições em São Paulo. Flávio defendeu as ações do pai, argumentando que ele agiu corretamente.
Fábio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, sugeriu que divergências como essa deveriam ser resolvidas longe dos holofotes:
“Roupa suja se lava em casa, e não em público.”
Carlos Bolsonaro, outro filho do ex-presidente e vereador no Rio de Janeiro, também comentou sobre o assunto. Embora expressasse discordância, Carlos manteve um tom respeitoso, desejando “paz e saúde” ao pastor, apesar dos ataques.
Por fim, o próprio Bolsonaro tratou o episódio com humor. Em resposta às críticas de Malafaia, ele disse à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles:
“Meu Posto Ipiranga não tem gasolina, só tem água.”
Essas tensões mostram como a relação entre Bolsonaro e seus principais apoiadores, como Silas Malafaia, pode ser abalada, principalmente em um cenário pós-eleitoral, onde o debate sobre estratégias e apoio político ganha nova força.