URGENTE: Atas da eleição venezuelana são apresentadas e confirmam derrota de Maduro

O Centro Carter, uma organização respeitada por seu trabalho em promover a democracia e monitorar processos eleitorais ao redor do mundo, apresentou nesta quarta-feira (2) à Organização dos Estados Americanos (OEA) os resultados das atas eleitorais da Venezuela, revelando que Edmundo González, o candidato opositor, venceu as eleições presidenciais com 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro obteve apenas 31%.

Esse resultado é significativo, pois contradiz a proclamação oficial feita pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou Maduro como vencedor e presidente eleito para um terceiro mandato de seis anos. Além disso, o Tribunal Supremo de Justiça, amplamente considerado alinhado ao governo, ratificou essa vitória, aumentando as tensões e a desconfiança na transparência do processo eleitoral.

Jennie Lincoln, especialista do Centro Carter e líder da missão de observação composta por 17 pessoas, afirmou que “o sistema eletrônico de votação funcionou” e que tanto o governo quanto os partidos de oposição e as testemunhas eleitorais em todos os 30.026 locais de votação estão cientes dos verdadeiros resultados das eleições realizadas em 28 de julho. O Centro Carter e uma pequena delegação da ONU foram as únicas entidades independentes autorizadas pelo governo de Maduro a observar as eleições, o que torna os documentos apresentados ainda mais relevantes para a comunidade internacional.

As atas recebidas pelo Centro Carter chegaram recentemente por meio de correio internacional, mas a organização não revelou detalhes sobre quem enviou os documentos ou como eles foram obtidos, mantendo assim o sigilo de sua fonte. Até agora, o CNE não apresentou as atas oficiais, mesmo com a crescente pressão da comunidade internacional e as exigências feitas por diversos governos.

Edmundo González, o candidato opositor e ex-diplomata, já havia declarado sua vitória e buscado apoio internacional. No entanto, em meio à escalada de perseguições políticas, González exilou-se na Espanha no início de setembro, onde solicitou asilo diplomático, reforçando as preocupações sobre a segurança e o ambiente repressivo para os opositores políticos na Venezuela.

A sessão especial da OEA para discutir o caso foi convocada por nove países — Argentina, Costa Rica, Panamá, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Peru, República Dominicana e Equador —, que demonstram uma preocupação crescente com a situação na Venezuela e a falta de transparência no processo eleitoral.

Essa revelação traz à tona questões cruciais sobre a legitimidade do governo de Maduro e a credibilidade das instituições venezuelanas envolvidas no processo eleitoral. A comunidade internacional continuará observando de perto os desdobramentos, especialmente em relação às respostas do governo venezuelano e à postura do CNE diante dessas alegações e da falta de divulgação oficial das atas eleitorais.

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Bruno Rigacci

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