“Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo lugar? Eu não falo nem da Janja em todo lugar. Por que eu vou falar da Venezuela? Eu falo o que me interessa falar. O discurso que eu queria fazer era aquele. E foi muito bom discurso.”
Bolsonaro, rapidamente, reagiu às palavras de Lula, aproveitando para criticar as alianças de Lula com regimes autoritários, como o de Nicolás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua. Em sua postagem no Telegram, o ex-presidente mencionou que o silêncio de Lula sobre esses países seria uma estratégia intencional, afirmando:
“Simplesmente porque as alianças que vocês têm com os ditadores socialistas destes países é algo que deixa até a militância da imprensa com medo.”
Além disso, Bolsonaro criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que, durante as eleições, foi proibido de abordar essas alianças com Maduro e Ortega, insinuando que o sistema estaria protegendo Lula:
“Infelizmente, fomos proibidos pelo TSE de falar sobre umbilicais ligações com Maduro e Ortega. […] Seria o sistema? Acho que não. Acho que tudo é coincidência.”
A troca de farpas entre Lula e Bolsonaro sobre o tema da Venezuela reflete um embate contínuo sobre política externa, com destaque para as divergências entre suas respectivas visões sobre a relação do Brasil com regimes socialistas na América Latina.