Bolsonaro desconfia das pesquisas e não descarta vitória de Pablo Marçal contra Nunes em SP

Bolsonaro tem adotado uma postura cautelosa em relação a Marçal, que está consolidando seu espaço na corrida eleitoral. Mesmo diante de polêmicas envolvendo Marçal e seu círculo de colaboradores — como o incidente em que um aliado de Marçal agrediu o publicitário Duda Lima, ex-integrante da campanha de Bolsonaro — o ex-presidente optou por manter-se em silêncio sobre o ocorrido. Além disso, ele evitou comentar diretamente o ataque de José Luiz Datena a Marçal, preferindo fazer declarações mais genéricas condenando a violência.

A possibilidade de um segundo turno entre Boulos e Marçal também está no radar de Bolsonaro. Embora tenha declarado seu apoio a Nunes, fontes próximas indicam que ele estaria disposto a mudar de posição e endossar Marçal, caso ele dispute diretamente com o candidato do PSOL. O receio de Bolsonaro é que Nunes, seu candidato oficial, possa perder terreno, especialmente com a força crescente de Marçal entre os eleitores paulistanos.

Esses desdobramentos mostram que a corrida para 2024 em São Paulo promete ser uma das mais competitivas e imprevisíveis dos últimos anos, com candidatos emergentes e tradicionais competindo em um cenário político altamente fragmentado.