A decisão sobre esses cargos é geralmente feita após a realização da COP anual. Este ano, a COP29 ocorrerá em Baku, Azerbaijão, entre os dias 11 e 29 de novembro. As indicações para os cargos da COP30, por sua vez, estão ganhando força, com diversas discussões ocorrendo durante os eventos paralelos à Assembleia Geral da ONU, focados em questões climáticas.
Entre os nomes mais comentados para a presidência da COP30 estão Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e peça-chave no Acordo de Paris de 2015, e André Corrêa do Lago, atual Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, reconhecido por sua vasta experiência como negociador climático. Embora Izabella Teixeira seja um nome natural para o cargo, ela teria sido bloqueada por divergências internas, incluindo resistências da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do assessor internacional Celso Amorim.
Nesse cenário, Marina Silva está defendendo a nomeação de Ana Toni, secretária de Mudança do Clima, para um dos cargos de comando. Toni também conta com o apoio de diversas ONGs nacionais e internacionais e, segundo relatos, acredita que o presidente Lula nomeará mulheres para liderar a COP30 em Belém.
Uma composição possível discutida nos bastidores seria a nomeação de Corrêa do Lago como presidente e Ana Toni como CEO, ambos exercendo funções importantes durante o ano que antecede a conferência, promovendo a proposta brasileira e engajando outros países nas discussões sobre mudanças climáticas.
Além disso, há também a articulação por parte de outros setores do governo e do setor privado para influenciar as nomeações. O BNDES, sob a diretoria de Luciana Costa, está promovendo o nome de Patrícia Ellen, ex-secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, para um dos cargos de “High Level Champion”. Ellen atualmente lidera a consultoria Systemic no Brasil, que tem foco em soluções de baixo carbono para o setor privado.
Essas articulações refletem a intensa disputa pelos postos de comando na organização da COP30, evento de grande importância global que colocará o Brasil no centro das discussões sobre mudanças climáticas em 2025.