Tabata acusa Nunes e Boulos de “conveniência” com Marçal

A candidata Tabata Amaral (PSB) publicou nesta quinta-feira (29) um vídeo em que critica fortemente a postura de Guilherme Boulos (PSOL) e do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em relação às denúncias que associam Pablo Marçal (PRTB) ao crime organizado. Segundo Tabata, tanto Boulos quanto Nunes estariam agindo por “conveniência política”, evitando um confronto direto com Marçal, o que, na visão dela, coloca em risco o futuro da capital paulista.

No vídeo, Tabata não só reforça a ligação de Marçal com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), como também acusa Boulos e Nunes de omissão estratégica. Ela questiona as motivações dos adversários ao poupar críticas ao ex-coach e empresário, sugerindo que ambos estão mais preocupados com seus cálculos políticos do que com a segurança e bem-estar da cidade.

“Por que eles não se mexem? Qual é o jogo deles? Com bandido não se faz conchavo nem coração; a gente bate de frente”, disse Tabata, criticando a hesitação de Boulos e Nunes em adotar uma postura mais contundente contra Marçal.

Aliados de Tabata acreditam que a estratégia de Nunes e Boulos em evitar um confronto direto com Marçal é conveniente e deverá perdurar ao longo da campanha eleitoral. De acordo com uma fonte próxima à campanha de Tabata, o atual prefeito, Ricardo Nunes, estaria “batendo leve” em Marçal com a esperança de herdar votos dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno.

“Nunes está poupando Pablo por outro motivo: ele acha que vai para o segundo turno e quer negociar o apoio do Pablo”, declarou Tabata, sugerindo que Nunes estaria buscando um acordo eleitoral futuro com Marçal.

Em relação a Boulos, Tabata critica sua abordagem, que, segundo ela, foca em aspectos que os eleitores de Marçal já conhecem, como chamá-lo de “machista” ou “fascista”. A candidata acredita que o psolista prefere levar Marçal para um possível segundo turno, considerando-o uma figura mais “extremista” e, portanto, “mais fácil de derrotar.”

“Em vez de falar dos crimes, ele chama o Pablo de machista, bolsonarista, fascista porque sabe que isso não tira voto do Pablo”, afirmou Tabata, enfatizando que Boulos estaria adotando uma estratégia mais voltada para evitar perder votos, ao invés de expor as supostas ligações criminosas de Marçal.

A disputa eleitoral em São Paulo se intensifica à medida que os candidatos ajustam suas estratégias para garantir um lugar no segundo turno. As críticas de Tabata Amaral mostram que a campanha não será marcada apenas por propostas, mas também por ataques diretos entre os principais candidatos.

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Bruno Rigacci

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