Barroso critica ‘STF’ da Venezuela por ser submisso a Maduro

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, expressou duras críticas ao alinhamento ideológico de setores da esquerda brasileira com o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, destacando a submissão da Suprema Corte venezuelana ao governo chavista. Em entrevista à coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Barroso afirmou que a Venezuela não pode ser classificada como de direita ou esquerda, mas sim como um “desastre humanitário”.

Durante a entrevista, Barroso mencionou seu livro Inteligência Artificial, Plataformas Digitais e Democracia — Direito e Tecnologia no Mundo Atual, onde analisa o papel das Supremas Cortes ao redor do mundo e como algumas não resistiram a processos autoritários. Ele apontou que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela foi capturado pelo autoritarismo desde a era de Hugo Chávez, tornando-se uma instituição “totalmente submissa” ao poder executivo, através de mudanças nas regras e ameaças de impeachment, um processo que ele descreveu como “empacotamento da Corte”.

Barroso expressou perplexidade em relação ao apoio de parte da esquerda brasileira ao regime venezuelano:

– Até me surpreendo quando as pessoas discutem se a Venezuela é de direita ou de esquerda. Venezuela não é uma coisa nem outra, é só um desastre humanitário. Nunca entendi bem por que a esquerda brasileira se amarrou no mastro desse naufrágio, que é a Venezuela. A vida, na minha visão, gravita também em função de certo e errado, e não de alinhamentos ideológicos apenas – declarou o ministro.

Ele enfatizou que valores como “integridade, seriedade, o certo e o errado” devem prevalecer sobre alinhamentos ideológicos, criticando o regime venezuelano por sua incapacidade de promover o bem-estar da população, que tem deixado o país em massa, muitas vezes buscando refúgio no Brasil.

– Não pode ser progressista um regime em que as pessoas estão indo embora, fugindo, desesperadas, para o Brasil – concluiu Barroso, reiterando que um governo que provoca tal êxodo não pode ser considerado progressista.

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Bruno Rigacci

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