Aliados de Moraes suspeitam de como mensagens vazaram
Pessoas próximas ao ministro Alexandre de Moraes suspeitam do vazamento de mensagens de WhatsApp que revelam o modus operandi do ministro, supostamente à margem da legalidade da atividade judicante. As conversas, divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, mostram que Moraes solicitava relatórios sobre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a técnicos do setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), investigados por ele no Supremo Tribunal Federal (STF).
Essas determinações ilegais eram discutidas em um grupo de WhatsApp que incluía, além do ministro, o desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes no STF, e o perito Eduardo Tagliaferro, chefe do setor de combate à desinformação do TSE.
A Folha de S.Paulo afirma que a extração do material foi feita por fontes com acesso a um celular contendo as mensagens, descartando qualquer hipótese de interceptação ilegal.
Aliados de Moraes acreditam que o vazamento ocorreu através do celular de Tagliaferro, que foi preso em 8 de maio de 2023, acusado de agredir a esposa, e teve seu celular apreendido pela Polícia Civil. O aparelho ficou em posse dos policiais da delegacia seccional de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, por seis dias.