Padre é afastado por dizer que “comunistas vão para o inferno”

A Arquidiocese de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, tomou a decisão de afastar o padre Alcione Leal após receber queixas de fiéis. Durante uma missa no último domingo (7), o padre proferiu declarações polêmicas, criticando o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo relatos, o padre Alcione Leal afirmou que “o Brasil vive sob uma ditadura comandada pelo Poder Judiciário”, referindo-se a Alexandre de Moraes como “cabeça de ovo” e insinuando que o magistrado é quem governa o país. Além disso, o pároco declarou que “católico que vota no PT é comunista e vai para o inferno”, o que causou revolta entre os fiéis presentes na missa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foi alvo das críticas do padre, sendo chamado de “nove dedos” e “o governante mais mentiroso do mundo”.

Em resposta às declarações, parlamentares do PT em Campo Grande, como os deputados Pedro Kemp e Zeca do PT, manifestaram seu descontentamento. Pedro Kemp destacou que o padre atacou uma autoridade do STF e fez referências discriminatórias ao presidente Lula. Ele classificou as falas como irresponsáveis.

Diante desse cenário, a Arquidiocese determinou o afastamento de Alcione Leal. Em nota, informou que, em consonância com decisão anterior do Conselho Presbiteral, Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo Metropolitano, determinou o afastamento do Pe. Alcione Leal do exercício público do ministério presbiteral na Arquidiocese de Campo Grande. O padre era membro da Sociedade Joseleitos de Cristo, da qual foi desligado. Ele é incardinado na Arquidiocese de São Salvador da Bahia e reside em Campo Grande há mais de 15 anos sem função canônica específica.

O deputado Pedro Kemp anunciou que encaminhará uma denúncia ao Ministério Público Estadual, enquanto Zeca do PT se dirigirá diretamente ao STF para tratar do assunto.

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Bruno Rigacci

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