Ministro da Fazenda não ganha nunca, diz Haddad sobre carne
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a questão da inclusão da carne na cesta básica desonerada e reconheceu que, em disputas políticas, sua posição tende a ser derrotada. Questionado sobre a “paternidade” dessa medida – se pertencia ao governo, à oposição ou aos parlamentares –, Haddad participou do 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji.
Ele destacou que, embora tenha sido parcialmente derrotado, foi o único a conseguir cobrar alguma coisa. A União não cobra imposto sobre a carne, mas há incidência de tributos estaduais. Haddad também mencionou o cashback como uma alternativa melhor.
O ministro apontou que, no Brasil, são os mais ricos que se sentem mais injustiçados. Ele citou a cobrança de imposto de renda em fundos exclusivos e offshore e observou que os ricos com filhos estudando em Princeton são os que mais se sentem prejudicados.
Haddad criticou a situação em que o pobre acaba pagando imposto sobre a carne para financiar os ricos que estão fora do Brasil. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar essas questões para evitar injustiças generalizadas.
Sobre a reforma tributária, o ministro reforçou que existem três formas de reduzir a alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA): minimizar exceções à alíquota-padrão, combater a sonegação e tributar a renda, seguindo o exemplo de países membros da OCDE.