Queimadas no Pantanal: Gestão Lula tem 1° semestre recordista
No primeiro semestre de 2024, o Pantanal enfrentou uma situação alarmante em relação às queimadas. Os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelaram uma tendência preocupante: o terceiro governo do presidente Lula (PT) registrou um recorde absoluto de focos de incêndio no Pantanal durante os primeiros seis meses do ano.
Considerando toda a série histórica monitorada pelo Inpe desde 1998, o ano de 2024 liderou com folga o número de queimadas detectadas no Pantanal, totalizando 3.538 pontos entre 1º de janeiro e 30 de junho. Em comparação com o ano anterior, quando foram registrados apenas 167 focos, esse número representa um aumento significativo de 2.018%.
Essa marca nos primeiros seis meses de 2024 também supera os registros de 2020, quando o bioma da Região Centro-Oeste teve 2.534 pontos de queimadas. Além disso, outros dois anos em que Lula estava no poder também figuram na lista: 2009, com 2.216 focos no primeiro semestre, e 2005, com 1.156 pontos.
Especialistas apontam que a crise climática desempenhou um papel crucial no aumento das queimadas no Pantanal em 2024. O bioma enfrentou uma seca severa, com chuvas escassas e irregulares nos primeiros meses do ano. Essas condições insuficientes para transbordar os rios e conectar lagoas resultaram em níveis baixos do Rio Paraguai para esta época do ano.
A fauna e a flora pantaneira estão mais uma vez ameaçadas, com jacarés carbonizados e vegetação outrora verde transformada em cinzas. O biólogo e diretor de comunicação da ONG SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, registrou de perto as marcas deixadas pelo fogo na temporada deste ano. Um jacaré, infelizmente, não conseguiu escapar a tempo e sua carcaça carbonizada foi encontrada sobre a grama acinzentada.
Em resumo, o cenário das queimadas no Pantanal em 2024 é alarmante, e medidas urgentes são necessárias para proteger esse ecossistema valioso e sua biodiversidade. O registro de focos de incêndio é o mais alto desde que o Inpe começou a monitorar a região, e a situação exige atenção e ação imediata.