Dívida Pública Federal total chega a R$ 6,7 trilhões em abril
Em um relatório divulgado nesta quarta-feira (29), o Tesouro Nacional revelou que a Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registrou um aumento de 0,99% em abril em relação ao mês anterior, atingindo o montante de R$ 6,70 trilhões. Em março, o estoque estava em R$ 6,638 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 62,10 bilhões em abril, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 3,47 bilhões.
A DPF é composta pela dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 0,97% em abril e fechou o mês em R$ 6,423 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,37% maior no mês, somando R$ 280,51 bilhões ao fim de abril.
Participação dos investidores estrangeiros e composição da DPMFi
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em abril. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 10,15% em março para 9,80% no mês passado. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 629,54 bilhões em abril. No fim de 2023, a fatia estava em 9,48%.
As instituições financeiras continuaram com a maior participação no estoque da DPMFi, representando 29,23% em abril, ante 29,29% em março. Os fundos de investimentos também tiveram uma parcela significativa, passando de 22,87% para 22,98% em abril. O grupo Previdência aumentou sua participação de 23,29% para 23,51% de um mês para o outro, enquanto as seguradoras passaram de 3,93% para 3,98% na mesma comparação.
Em razão da mobilização dos servidores, a série histórica atualizada e o sumário executivo relativo a abril serão publicados na próxima semana.
Composição dos títulos da DPF
Com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 10,50% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelada à Selic subiu em abril, para 43,11%. Em março, estava em 41,77%. Por outro lado, os papéis prefixados reduziram sua fatia de 23,86% para 22,68%.
Os títulos remunerados pela inflação avançaram para 30,04% do estoque da DPF em abril, ante 29,95% em março. Os papéis cambiais oscilaram sua participação na DPF de 4,43% para 4,16% no mês passado.
Prazo médio da dívida e colchão da dívida
O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou alta, passando de 18,92% em março para 19,07% em abril. O prazo médio da dívida teve avanço de 4,11 anos para 4,13 anos na mesma comparação. Quanto ao custo médio acumulado em 12 meses da DPF, ele subiu de 10,40% ao ano para 10,63% a.a. no mês passado.
O Tesouro Nacional encerrou abril com R$ 884,52 bilhões no chamado “colchão da dívida”, que é a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. Esse valor é 0,33% menor em termos nominais do que os R$ 887,41 bilhões que estavam na reserva em março. O montante ainda é 16,03% menor, em termos nominais, do que o observado em abril de 2023 (R$ 1,053 trilhão).