Derrite diz que Lula “apunhalou o coração” do projeto das saidinhas

Política Nacional

O debate em torno das “saidinhas” dos presídios tem sido um tema controverso no Brasil. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou parte de um projeto que buscava restringir essas saídas temporárias para detentos. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), expressou sua insatisfação com o veto, afirmando que Lula “apunhalou o coração” da proposta aprovada no Congresso.

A discussão gira em torno de como equilibrar a ressocialização dos presos com a segurança pública. Enquanto alguns argumentam que as “saidinhas” são importantes para a reintegração social dos detentos, outros acreditam que elas representam um risco à sociedade.

Derrite destaca que o veto de Lula permitiu que detentos continuassem saindo para “ressocialização”. No entanto, ele questiona se essa minoria de presos que não retorna aos presídios (cerca de 5%) deveria prejudicar a maioria. Ele observa que, em uma recente “saidinha” de Natal, 2.741 detentos permaneceram nas ruas após a liberação de 57 mil presos.

O Congresso Nacional agora se prepara para analisar o veto presidencial. A sessão conjunta, que inclui deputados e senadores, está marcada para a próxima terça-feira (28). Para derrubar o veto, é necessário o apoio da maioria absoluta de ambos os grupos: 257 membros da Câmara e 41 do Senado.

O projeto original sobre as “saidinhas” foi sancionado por Lula em 11 de abril deste ano. O presidente vetou o trecho que impedia a saída temporária para presos que desejam visitar suas famílias. No entanto, a proibição de saída para condenados por crimes hediondos e violentos, como estupro, homicídio e tráfico de drogas, foi mantida.

Em última análise, o debate sobre as “saidinhas” dos presídios envolve considerações complexas sobre justiça, segurança e reintegração social. A decisão do Congresso Nacional terá implicações significativas para o sistema prisional e a sociedade como um todo.

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