Declarações de Lula sobre Israel derrubam avaliação do governo

A pesquisa Genial/Quaest de fevereiro de 2024 revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia seu segundo ano de governo com a aprovação em queda. Em comparação com dezembro de 2023, a aprovação recuou de 54% para 51%, enquanto a desaprovação subiu de 43% para 46%.

Evangélicos: Um grupo crucial: Essa queda na aprovação é especialmente significativa entre os evangélicos, que representam 30% do eleitorado brasileiro. A desaprovação de Lula entre esse grupo saltou de 51% para 64%, impulsionada pelas controversas declarações do presidente comparando a guerra em Gaza com a ação de Hitler na Segunda Guerra Mundial. 60% dos entrevistados e 69% dos evangélicos consideraram a comparação exagerada.

Economia: Uma pedra no sapato: A percepção da situação econômica também contribuiu para a queda na aprovação de Lula. 38% dos entrevistados acreditam que a situação econômica piorou nos últimos 12 meses, um aumento de 7 pontos percentuais desde dezembro. Entre os que votaram em branco, anularam o voto ou não votaram, a percepção de piora na economia é ainda mais alta, com 38% (alta de 6 pontos percentuais). A alta no preço dos alimentos, sentida por 73% dos entrevistados, é apontada como a principal causa dessa insatisfação.

Diferenças regionais e de gênero: A queda na aprovação de Lula não foi homogênea em todo o país. A região Sul apresentou a maior desaprovação (57%), enquanto o Nordeste se manteve como o reduto mais fiel ao presidente, com apenas 34% de desaprovação. As mulheres também registraram uma queda na aprovação de Lula, embora menos acentuada que nos homens.

Comparação com o governo anterior: Apesar da queda na aprovação, 47% dos entrevistados ainda consideram que o governo Lula está melhor que o governo anterior, contra 38% que pensam o contrário.

Preocupação do governo com o eleitor: Um ponto crucial da pesquisa é a percepção de que o governo se preocupa com o eleitor. Nesse quesito, a pesquisa apontou um empate: 48% dos entrevistados acreditam que o governo se preocupa com o eleitor, enquanto 48% discordam.

Metodologia e relevância: A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro de 2024, entrevistando presencialmente 2.000 brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Conclusão: A pesquisa Genial/Quaest de fevereiro de 2024 acende um alerta para o governo Lula. A queda na aprovação, especialmente entre os evangélicos, e a percepção de que a economia está piorando são pontos que precisam ser urgentemente addressedos. O governo precisa se esforçar para recuperar a confiança da população e mostrar que está comprometido com a melhora da vida dos brasileiros.

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Bruno Rigacci

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