Projeto quer dobrar período de internação de menores infratores

Política Nacional

Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados propõe aumentar o prazo máximo de internação de jovens apreendidos em flagrante para 90 dias. A medida visa combater o uso de menores de idade pelo tráfico e crime organizado, além de proporcionar uma resposta mais ágil e eficaz aos atos infracionais graves.

O que o projeto prevê:

  • Aumento do prazo máximo de internação de 45 para 90 dias;
  • Realização obrigatória de audiência de custódia antes da liberação do adolescente que cometeu atos infracionais equiparados a furto, roubo e crimes hediondos;
  • Encaminhamento do menor para audiência de custódia em até 24 horas por um juiz de direito.

Justificativa:

  • Oferecer uma resposta mais robusta e imediata aos atos infracionais graves;
  • Combater o uso de menores de idade pelo tráfico e crime organizado;
  • Promover uma justiça mais ágil e eficaz;
  • Proporcionar orientação e suporte aos jovens infratores para que eles sejam reinseridos na sociedade de forma construtiva.

Tramitação:

  • O projeto será analisado pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania;
  • Depois, será discutido e votado em plenário;
  • Se aprovado, segue para o Senado.

Objetivo:

  • Reduzir a reincidência criminal;
  • Contribuir para a segurança pública;
  • Preservar os direitos fundamentais dos jovens.

Argumentos a favor:

  • Maior tempo para investigação e ressocialização do jovem;
  • Proteção da sociedade contra crimes graves;
  • Combate à impunidade.

Argumentos contra:

  • Possível violação dos direitos humanos dos jovens;
  • Estímulo à criminalização da pobreza;
  • Ineficácia na redução da reincidência criminal.

Debate:

O projeto de lei está gerando debate entre especialistas em segurança pública, juristas e defensores dos direitos humanos. As principais críticas se concentram no risco de violação dos direitos dos jovens e na ênfase na punição em vez da ressocialização.

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