Maduro pede que Forças Armadas estejam prontas “para o que vier”

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta quarta-feira (31) as Forças Armadas a se manterem “alertas e preparadas para o que vier”, além de reiterar sua lealdade ao governo.

Em um ato em Caracas, Maduro se dirigiu aos militares: “Forças Armadas, poder militar, alertas e preparados para o que surgir, quando e onde surgir, para defender a pátria, a Constituição e o povo”.

Acusações contra a oposição:

Maduro classificou os membros da Plataforma Democrática Unida (PUD), grupo de oposição, como “terroristas e extremistas”, acusando-os de conspiração. Ele ressaltou que ninguém está acima da lei e da Constituição, mas defendeu o diálogo “permanente”.

Recentemente, Maduro acusou a “extrema-direita” de planejar um golpe, alertando que qualquer tentativa de desestabilização seria recebida com a “fúria bolivariana do povo”.

Prisões e desaparecimentos:

A Procuradoria-Geral da República (PGR) prendeu mais de 30 pessoas, civis e militares, supostamente envolvidas em cinco conspirações, incluindo o assassinato de Maduro e ataques a instalações militares.

Três líderes da campanha da opositora María Corina Machado foram presos na semana passada e, segundo seus advogados e familiares, estão em “desaparecimento forçado”.

Contexto:

As declarações de Maduro e as prisões de opositores aumentam a tensão na Venezuela, onde a crise política e econômica se agrava. A comunidade internacional, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, condenou as violações dos direitos humanos no país e pede a realização de eleições livres e democráticas.

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Bruno Rigacci

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