Venezuela: Após inelegibilidade de opositora, EUA cogitam sanção

Política Internacional

O governo dos Estados Unidos ameaçou ampliar as sanções contra a Venezuela após a decisão da Suprema Corte do país de desqualificar da disputa eleitoral a líder da oposição María Corina Machado.

Em comunicado divulgado neste sábado (27), o Departamento de Estado americano classificou a decisão como “profundamente preocupante” e disse que ela “é inconsistente com o compromisso de representantes” do ditador Nicolás Maduro “de realizar uma eleição presidencial competitiva em 2024”.

Além disso, o governo americano diz que o processo contra Corina Machado “carecia de elementos básicos”, pois a líder oposicionista não recebeu uma cópia das alegações contra ela nem teve a oportunidade de contestá-las.

“Os Estados Unidos estão atualmente revisando nossa política de sanções para a Venezuela, baseado neste acontecimento e no recente acosso político a candidatos da oposição democrática e à sociedade civil”, afirma a nota do governo americano.

A decisão da Suprema Corte da Venezuela, que foi confirmada nesta sexta-feira (26), barra María Corina Machado, vencedora de primárias oposicionistas, da eleição presidencial de 2024.

A líder opositora, de 56 anos, foi inabilitada por ser “participante do esquema de corrupção orquestrado pelo usurpador Juan Antonio Guaidó”. O TSJ se refere ao período de 2019 até 2023 em que Guaidó foi reconhecido pela oposição e por mais de 60 países como presidente interino da Venezuela com o fim de isolar a ditadura de Maduro.

A decisão da Corte foi amplamente condenada pela oposição venezuelana e por organizações internacionais de direitos humanos. Eles acusam o regime de Maduro de utilizar o sistema judicial para perseguir e silenciar a oposição.

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