Uma pesquisa realizada pela AtlasIntel e divulgada nesta quarta-feira (10) revela que menos de 20% dos brasileiros acreditam que os atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), foram, de fato, uma tentativa de golpe de Estado.
O levantamento, realizado através de questionários virtuais com 1.200 pessoas selecionadas aleatoriamente entre os dias 7 e 8 de janeiro, aponta que as principais razões atribuídas aos atos são o fanatismo político/polarização (34%) e a fraude eleitoral (21%).
Apenas 18,8% dos entrevistados acreditam em tentativa de golpe, enquanto 2,4% atribuem os atos a patriotismo.
Em relação à democracia brasileira, 15,9% dos entrevistados acreditam que não houve risco com os atos de 8 de janeiro, enquanto 27,7% acham que o risco não foi tão alto. Para 43,3% dos entrevistados, a democracia “correu grande risco”.
Sobre a eleição presidencial de 2022, 56,8% dos participantes da pesquisa confiam na lisura dos resultados, mas 38,2% não acreditam que Lula tenha obtido mais votos que Jair Bolsonaro. Cinco por cento não souberam opinar.
Os dados da pesquisa evidenciam o descrédito do discurso reproduzido pelo Judiciário, junto ao governo Lula e seus aliados, patrocinado pela grande mídia, diante da interpretação da sociedade brasileira.
A narrativa sustentada pelo Judiciário vai além de palavras, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 30 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado.
A pesquisa também revela a polarização política no país, com uma parcela significativa da população ainda acreditando em fraude eleitoral e questionando a legitimidade do governo Lula.
É importante ressaltar que a pesquisa foi realizada com uma amostra relativamente pequena e que a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Ainda assim, os dados são relevantes para entender a percepção da sociedade brasileira sobre os atos de 8 de janeiro e suas implicações para a democracia no país.
O debate sobre o que aconteceu em 8 de janeiro ainda está em curso e é importante que diferentes pontos de vista sejam ouvidos para que a sociedade possa chegar a um consenso sobre os fatos.
