Plataforma Rumble sai do Brasil por discordar do Judiciário

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A plataforma canadense Rumble, concorrente do YouTube, anunciou que deixará de funcionar no Brasil. O motivo, segundo o proprietário Chris Pavlovski, são ordens do Judiciário brasileiro que, na avaliação dele, cerceiam a liberdade de expressão e silenciam usuários com “opiniões impopulares”.

Em nota, Pavlovski declarou:

“Recentemente, os tribunais brasileiros exigiram que removêssemos certos criadores do Rumble. Como parte da nossa missão de restaurar uma internet livre e aberta, comprometemo-nos a não alterar as metas das nossas políticas de conteúdo. Os usuários com opiniões impopulares são livres para acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários.”

Decepcionado com as decisões judiciais, Pavlovski afirma que a plataforma ficará desabilitada no Brasil enquanto a empresa recorre das ordens de remoção de usuários. O empresário garante que não se intimidará com as “exigências de governos estrangeiros” para “censurar” internautas.

Ele ainda expressa a esperança de que os tribunais brasileiros reconsiderem suas decisões para que a plataforma possa retornar ao país em breve.

A Rumble se tornou popular entre figuras de direita por sua ênfase na liberdade de expressão. A plataforma atraiu criadores de conteúdo como Allan dos Santos e Rodrigo Constantino e, em 2022, chegou a acumular 71 milhões de usuários.

A saída da Rumble do Brasil é um duro golpe para aqueles que defendem a liberdade de expressão online. A plataforma era vista como um espaço seguro para a expressão de ideias divergentes, muitas vezes silenciadas em outras plataformas.

Resta saber se a empresa conseguirá reverter as decisões judiciais e retornar ao Brasil. O caso levanta questões importantes sobre o papel do Judiciário na regulamentação da internet e os limites da liberdade de expressão online.

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