Janones se pronuncia após STF abrir inquérito sobre rachadinha

Política Nacional

O deputado federal André Janones (Avante-MG) se pronunciou após o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir uma investigação para apurar um esquema de rachadinha no seu gabinete.

Em uma publicação no X, antigo Twitter, Janones afirmou que o inquérito comprovará cabalmente que não houve crime em seu gabinete.

“As mentiraiadas contra mim estão com prazo contado: 60 DIAS! Depois de uma semana inteira de massacres, finalmente a verdade aponta no caminho: o ministro Fux ACABA DE AUTORIZAR a abertura do inquérito para que toda essa trama bolsonarista criada para me sepultar politicamente seja apurada e esclarecida”, escreveu.

Janones alega que as acusações tratam-se de uma “trama bolsonarista” para sepultá-lo politicamente.

“Fico feliz com a celeridade com que tudo tem sido tratado e muito certo de que [a] verdade SEMPRE prevalecerá! Com fé em Deus, eu serei honrado por Ele mais uma vez e vou seguir minha trajetória de cabeça erguida, combatendo os fascistas, lutando pelo povo que mais precisa e pela democracia!”, completou.

O inquérito foi aberto pelo ministro Luiz Fux, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão ainda solicitou que, além do parlamentar, também fossem convocados para depor os atuais assessores do deputado mineiro e seus ex-assessores.

As suspeitas sobre Janones vieram à tona após o portal Metrópoles divulgar um áudio – gravado em fevereiro de 2019 – em que é possível ouvir o deputado dizer que utilizaria salário de servidores para ajudar a pagar suas contas de campanha, uma prática considerada como enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público.

Na gravação, registrada em conversa com servidores na sala de reuniões do Avante, na Câmara, Janones ainda diz não considerar a prática “corrupção”.

“Tem algumas pessoas aqui, [com] que eu ainda vou conversar em particular depois… Vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Eu perdi R$ 675 mil na campanha. “Ah, isso é devolver salário e você tá chamando de outro nome”. Não é. Porque eu devolver salário, você manda na minha conta e eu faço o que eu quiser. O meu patrimônio foi todo dilapidado. Eu perdi uma casa de R$ 380 mil, um carro, uma poupança de R$ 200 mil e uma previdência de R$ 70 [mil]. Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso. Então, não considero isso uma corrupção”, declarou.

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