GLO em portos e aeroportos causa revolta na Receita Federal
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, até maio de 2024.
A associação afirma que a decisão causa “perplexidade” e será “inócua” sem uma integração com a Receita para garantir a fiscalização dos terminais.
A Unafisco afirma que a Receita Federal é o órgão que mais apreende drogas no país e é a responsável pela fiscalização aduaneira. A associação alerta que a estratégia pode ter como efeito colateral a mudança nas rotas do tráfico de drogas.
Os auditores também afirmam que os militares não têm a experiência necessária para as tarefas de fiscalização, como leitura de escâneres e monitoramento de contêineres.
A crítica da Unafisco é fundamentada. A Receita Federal é um órgão com expertise na fiscalização de portos e aeroportos. A sua participação na GLO seria fundamental para garantir a eficácia da medida.
A falta de integração entre a Receita Federal e as Forças Armadas pode levar a falhas na fiscalização, o que pode favorecer o crime organizado.
É importante que o governo federal reveja a decisão e inclua a Receita Federal na GLO. Isso garantiria uma atuação mais eficaz contra o crime organizado.