Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, acusou políticos de incentivar e proteger milícias no Rio de Janeiro durante audiência pública realizada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Dino, sem mencionar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que políticos de todos os espectros políticos contribuíram para o fortalecimento das milícias no Rio. Ele destacou que essas organizações criminosas se beneficiaram da impunidade e da corrupção, e que foram usadas para controlar territórios e cooptar eleitores.
Dino enfatizou sua distância das milícias e negou qualquer relação com milicianos. Ele destacou que nunca homenageou, manteve amizade, vizinhança ou empregou familiares de milicianos.
As declarações de Flávio Dino ocorreram em meio a uma série de ataques na zona oeste do Rio, desencadeados pela morte do sobrinho de um líder de uma facção criminosa. Dino revelou que tem colaborado com o governador do Estado, Cláudio Castro, e com o prefeito da capital, Eduardo Paes, fornecendo apoio na forma de integração, inteligência e policiamento ostensivo.
Além disso, o ex-governador defendeu sua visita a uma organização não governamental (ONG) no Complexo da Maré, afirmando que confia nas forças policiais do Brasil e negou que a visita teria sido impossível sem a anuência do tráfico que controla a região.
As declarações de Flávio Dino geraram debates acalorados durante a audiência pública e continuam a alimentar as discussões sobre a relação entre políticos e as milícias no Brasil.
