O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, está sendo aconselhado por integrantes do partido a afastar sua imagem do grupo terrorista Hamas. A associação do deputado federal com o Hamas pode prejudicar sua campanha eleitoral no próximo ano, segundo informações do portal Antagonista.
No início do mês, imagens de Boulos junto de membros do PSOL na Cisjordânia viralizaram, despertando acusações de que ele estaria ao lado do Hamas. Além disso, o coordenador do programa de saúde da pré-campanha do deputado, Jean Gorinchteyn, que é judeu, decidiu deixar a pré-campanha do deputado, criticando Boulos por não condenar explicitamente o Hamas no início dos ataques.
Boulos já havia adotado um tom mais incisivo contra o Hamas, mas os ataques de Ricardo Nunes, seu principal rival nas eleições, podem dificultar sua tentativa de se descolar do grupo terrorista.
Em entrevista à rádio Eldorado, na última segunda (23), Nunes descreveu Boulos como “amigo da turma do Hamas”.
“O histórico da cidade demonstra que o eleitor quer saber como é que está a cidade dele, se vai ter prefeito que é amigo da turma do Hamas, se vai ter prefeito que é adepto de invasão, de não atender a legislação”, declarou Nunes.
Boulos ainda tem tempo para tentar reverter a situação, mas terá que adotar uma postura ainda mais firme contra o Hamas para evitar que as acusações sejam um peso em sua campanha.
