Igor Roque é rejeitado pelo Senado em votação inédita

Política Nacional

O Plenário do Senado rejeitou, nesta quarta-feira (25), a indicação do advogado Igor Roque para assumir o cargo de defensor público-geral da União (DPU). O fato é inédito, já que um indicado ao cargo nunca havia sido recusado pelos senadores. Roque recebeu 38 votos contra, 35 a favor e uma abstenção. Ele precisava de ao menos 41 votos a favor.

A votação foi marcada por polêmicas. Roque foi acusado por defensores públicos de tratar os colegas com indiferença e de sequer agradecer o trabalho dos aliados. Outra questão seria o trabalho dele como defensor público-geral antes mesmo de assumir o cargo, indicando secretários e fazendo viagens em nome da DPU.

A rejeição de Roque é um golpe para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o havia escolhido para o cargo. Lula ainda não se manifestou sobre o assunto.

A indicação de Roque foi aprovada pela lista tríplice da DPU, mas preocupou lideranças conservadoras no Senado, já que Roque se define como “progressista”. Para se tornar um nome viável, ele havia combinado com as frentes evangélicas do Congresso Nacional de se pautar pela lei ao tratar de temas como aborto e descriminalização de drogas.

Com a reprovação de Igor Roque, os defensores públicos agora estão incertos sobre como seguirá a condução do novo nome. Na lista tríplice também estavam presentes os defensores Daniel Macedo e Leonardo Magalhães. Não está claro se será composta uma nova lista tríplice ou se Lula escolherá alguém entre os dois nomes restantes.

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