Itamaraty justifica, em nota, não chamar Hamas de terrorista

Mundo

O Itamaraty emitiu uma nota oficial nesta quinta-feira (12) reforçando por que não considera o Hamas um grupo terrorista. O pronunciamento ocorre em meio à pressão por classificar a organização como tal após os ataques a Israel no último sábado (7).

No comunicado, o governo salienta que segue a classificação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Brasil aplica as determinações feitas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão encarregado de velar pela paz e pela segurança internacionais, nos termos do Artigo 24 da Carta da ONU.

A pasta prossegue citando alguns grupos que são reconhecidos como terroristas pela ONU:

O Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam sanções. Estão incluídos o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos do grande público.

Por fim, o Itamaraty fala em “resolução pacífica dos conflitos” e cita a Conferência de Anápolis, EUA, em 2007:

A prática brasileira, consistente com a Carta da ONU, habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos e na proteção de cidadãos brasileiros em zonas de conflito, a exemplo do que ocorreu, em 2007, na Conferência de Anápolis, EUA, com relação ao Oriente Médio.

Apesar do posicionamento brasileiro, diversos países, como Estados Unidos, Japão, Reino Unido, países europeus e a Austrália reconhecem o Hamas como terrorista. A classificação não é adotada por nações como Egito, China, Rússia, Irã, Turquia e Arábia Saudita.

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