Justiça de SP decreta falência da Saraiva, que já foi a maior do país

Economia

A Justiça de São Paulo decretou a falência da rede de livrarias Saraiva, uma das mais antigas e renomadas do Brasil. O pedido de falência foi feito pela própria empresa, que já estava em processo de recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 675 milhões.

A Saraiva entrou com o pedido de autofalência, e a decisão foi proferida pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital na última sexta-feira (6). O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho afirmou que o plano de recuperação judicial não foi cumprido e determinou a suspensão de ações e execuções contra a empresa, além da apresentação da relação de credores.

Na decisão, o juiz destacou que, apesar de ter sido feito o pedido de autofalência e a alegada apresentação dos documentos necessários, já havia notícias de descumprimento do plano de recuperação, o que levou à convolação da recuperação em falência, conforme previsto na legislação.

A Saraiva já havia fechado suas últimas lojas e demitido seus funcionários em 20 de setembro. A rede, que já foi a maior do Brasil, enfrentava dificuldades financeiras há anos, tendo fechado várias de suas lojas ao longo desse período.

A história da Saraiva remonta a 1914, quando foi fundada pelo imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva, inicialmente como uma livraria de livros usados em São Paulo. Com o tempo, a empresa cresceu e se tornou uma das mais icônicas redes de livrarias do país.

No entanto, ao longo dos anos, a empresa enfrentou desafios significativos devido às mudanças no mercado editorial, incluindo o aumento das vendas online e a concorrência com grandes varejistas. A dívida acumulada levou a empresa a buscar a recuperação judicial em 2018, mas as dificuldades financeiras persistiram, levando à sua autofalência e ao encerramento de suas operações.

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