A notícia relata que o presidente Lula, durante seu primeiro mandato, recebeu como presente relógios de luxo e um colar de ouro branco. Quando deixou o cargo, essas joias foram incorporadas ao acervo pessoal do presidente.
Segundo informações, Lula ainda possui dois relógios de luxo em sua posse, incluindo um Piaget avaliado em R$ 80 mil, que não consta na lista oficial de presentes. O presidente justificou a posse dessas joias alegando que um dos relógios suíços havia desaparecido por um tempo e só foi encontrado anos depois em uma gaveta. O outro relógio é um Cartier Santos Dumont, em ouro branco 18 quilates e prata 750, que tem um valor significativo.
Além dos relógios, Lula também manteve um colar de ouro branco, presenteado pela Citic Group Corporation, uma empresa estatal de investimento da China.
O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou o caso em 2016 e considerou que Lula poderia manter essas joias, argumentando que eram presentes de caráter personalíssimo. Essa decisão serviu de base para mandatos presidenciais subsequentes.
A Presidência da República emitiu uma nota em resposta à notícia, alegando que os itens do acervo dos mandatos anteriores foram analisados tanto pelo TCU quanto pela Operação Lava Jato em 2016. A nota acusou o jornal Estadão de discriminar o presidente Lula e sugeriu que o foco nas joias pode ser motivado por preconceito social. A Presidência afirmou que os objetos estão guardados no acervo de Lula e que nada foi vendido ou tentado vender.
Essa questão envolvendo as joias recebidas por Lula e sua permanência em seu acervo pessoal levanta questões sobre a transparência no uso de presentes e bens adquiridos durante o exercício do cargo presidencial e também destaca as divisões políticas no Brasil em relação a figuras políticas proeminentes.
