Lindôra Araújo reassumiu o cargo de vice-procuradora-geral da República nesta sexta-feira (15), após passar três semanas afastada para tratamento de saúde. A sua volta ao cargo foi oficializada no Diário Oficial da União.
A vice-procuradora estava de férias nos Estados Unidos quando precisou passar por uma cirurgia de emergência devido a uma obstrução intestinal. Com seu retorno, ela voltará a atuar nos casos criminais em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o que inclui investigações sensíveis envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, como as relacionadas a fraudes nos cartões de vacina da Covid-19 e desvio de presentes diplomáticos, além do inquérito das milícias digitais.
Com o retorno de Lindôra Araújo, o subprocurador-geral Luiz Augusto Santos Lima, que havia sido designado como número dois da Procuradoria-Geral da República (PGR) em um mandato “tampão”, foi dispensado.
É importante notar que o mandato do procurador-geral da República, Augusto Aras, termina em 26 de setembro. Lindôra Araújo, considerada uma das principais vozes bolsonaristas no Ministério Público Federal, provavelmente não permanecerá no cargo após a saída de Aras. A indicação do sucessor de Aras cabe ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, por sua vez, tem a autonomia para escolher o vice-procurador. Isso pode levar a mudanças significativas na liderança da PGR nos próximos meses.
