Defesa: Wassef não quer acusar nem proteger quem quer que seja

Política Nacional

A defesa do advogado Frederick Wassef, envolvido no caso das joias, negou nesta segunda-feira (4) qualquer alegação de que ele mantenha contato com outros investigados no caso e refutou a ideia de que versões tenham sido combinadas antes dos depoimentos à Polícia Federal (PF). O criminalista Eduardo Pizarro Carnelós, que representa Wassef, enfatizou que seu cliente “não tem interesse em proteger nem acusar quem quer que seja”.

Wassef, conhecido por seu estilo midiático, tem mantido discrição desde que se tornou alvo da investigação, evitando comentar publicamente sobre o caso e respeitando o sigilo do inquérito. Em uma nota oficial, a defesa de Wassef esclareceu que ele não se pronunciará sobre os fatos sob investigação e que qualquer informação relevante será fornecida às autoridades responsáveis pela apuração, sempre respeitando o sigilo.

A Polícia Federal alega que Wassef viajou aos Estados Unidos para recomprar um relógio Rolex que teria sido desviado do acervo da União por auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esse item precisou ser devolvido ao patrimônio público por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Wassef e outros auxiliares de Bolsonaro prestaram depoimento à PF na última quinta-feira (31). Tanto o ex-presidente quanto a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foram intimados a depor simultaneamente, mas decidiram permanecer em silêncio, alegando que o caso deveria ser tratado na primeira instância e não no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas últimas semanas, várias notas em órgãos de imprensa têm circulado, atribuindo informações a fontes diversas, todas elas especulando sobre o conteúdo do depoimento de Frederick Wassef à Polícia Federal e alegando condutas que ele teria adotado. A defesa de Wassef destacou que essas notas trazem versões fantasiosas e inverossímeis, mentiras evidentes e ataques a Wassef, aparentemente com o objetivo de prejudicar sua credibilidade e criar desavenças com autoridades e outros indivíduos envolvidos nas investigações.

No comunicado oficial, o advogado de Wassef reiterou que seu cliente não mantém contato com outros depoentes e que não buscou combinar informações com ninguém antes dos depoimentos. Frederick Wassef se comprometeu a relatar apenas o que sabe às autoridades competentes, sem interesse em proteger ou acusar qualquer pessoa. Ele também enfatizou seu respeito pelo sigilo da investigação em respeito ao Supremo Tribunal Federal e à Polícia Federal.

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