Desde que seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assumiu a Presidência em janeiro, a primeira-dama, Janja da Silva, tem bloqueado no mínimo 19 perfis na rede social X (antigo Twitter), onde ela é ativa. Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a maioria das contas bloqueadas são de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com um número reduzido de seguidores, que expressaram críticas a ela.
Entre os perfis bloqueados, está também o do deputado estadual Léo Siqueira (Novo-SP), que questionou Janja por relacionar o recente apagão no Brasil com a privatização da Eletrobras. Siqueira comentou o bloqueio em seu perfil, expressando surpresa pela primeira-dama não estar à vontade com opiniões divergentes, apesar de promover o conceito de democracia.
Janja já mantinha esse hábito de bloquear contas divergentes antes mesmo de Lula assumir seu mandato presidencial, tendo bloqueado pelo menos 32 contas no último ano. Entre os perfis bloqueados estava o da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Enquanto isso, entre os perfis de maior influência que não foram bloqueados, destaca-se o “Dama de Ferro”, que promove ideias liberais em homenagem à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e possui 1 milhão de seguidores.
Este comportamento na rede social gera discussões sobre liberdade de expressão, diversidade de opiniões e a relação entre líderes políticos e a sociedade em um ambiente cada vez mais digital e polarizado. A atitude de bloquear perfis críticos também destaca a importância do debate sobre como as figuras públicas devem lidar com opiniões divergentes e críticas nas redes sociais.
