O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expressou preocupação com o crescimento do que ele descreveu como populismo de extrema-direita em todo o mundo. O magistrado afirmou que esse movimento representa uma ameaça à democracia, atacando-a de maneira indireta, semelhante a um golpe de Estado.
Essa análise política foi feita por Moraes durante um evento realizado em 16 de agosto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual ele é presidente, que abordou o conceito de “democracia defensiva”.
No entanto, a declaração do ministro foi alvo de ironia por parte do procurador de Justiça do Rio de Janeiro, Marcelo Rocha Monteiro, que fez uma publicação em suas redes sociais destacando a aparente contradição entre as colocações de Moraes e as declarações do ministro do STF, Luís Roberto Barroso.
Na postagem sarcástica, Monteiro mencionou que ambos os ministros se posicionaram politicamente e assumiram lados na polarizada política brasileira. Ele fez referência à declaração de Barroso, que havia afirmado: “Nós derrotamos o bolsonarismo!” e associou essa afirmação à possível futura fala de Moraes: “E atenção: dos mesmos produtores de ‘Nós Derrotamos o Bolsonarismo!’, vem aí: ‘Combateremos a extrema-direita!’. Mesmo elenco, mesmo diretor! Mais um sucesso garantido dos estúdios da ‘Juiz Imparcial Filmes S.A.’ – uma empresa sempre ativa, nunca inerte!”, ironizou o procurador.
A troca de opiniões e interpretações políticas por parte de figuras do Judiciário pode gerar debates acalorados e questionamentos sobre a imparcialidade dos magistrados em relação a questões políticas. Esse tipo de controvérsia demonstra a complexidade das interações entre a Justiça e o cenário político, especialmente em contextos de polarização ideológica.
