Lula estaria perseguindo policial que atuou em sua condução
A Polícia Federal (PF) suspendeu preventivamente o agente Danilo Campetti, que atuou como ex-assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Campetti havia acompanhado Tarcísio durante uma agenda de campanha na favela de Paraisópolis durante as eleições de 2022. Nesse dia, o agente utilizou um distintivo da corporação durante um tiroteio entre policiais e criminosos, resultando na morte de um homem.
Uma portaria publicada recentemente determinou o afastamento de Campetti até que o processo disciplinar sobre o caso de Paraisópolis seja concluído. Conforme o documento, o agente deve informar à PF sobre sua localização caso saia de seu domicílio.
Danilo Campetti ganhou destaque por sua participação em eventos de relevância, como a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Operação Lava Jato em 2019 e a escolta de Lula no velório de seu neto. Ele também foi um dos agentes que prestou auxílio a Bolsonaro após o ataque a faca em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha eleitoral de 2018.
Campetti estava lotado em uma delegacia em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, desde junho, após ter sua cessão ao gabinete de Tarcísio cancelada pelo Ministério da Justiça, por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alegou-se na época que a cessão foi cancelada devido à falta de efetivo resultante da criação de novas diretorias na PF.
Sua cessão ao governo paulista foi questionada, e uma sindicância foi aberta para apurar se houve irregularidades em sua lotação no gabinete de Tarcísio de Freitas. No entanto, auxiliares do governador alegam que a suspensão preventiva é normalmente adotada em casos de suspeita de corrupção e que Campetti teria usado o distintivo para sua proteção, em meio à situação de risco.
A suspensão ocorre em meio a um contexto de tensões políticas e negociações entre diferentes instâncias do poder público.