Defesa de Bolsonaro critica solicitação da PGR e denuncia patrulhamento ideológico

Política Nacional

Nesta terça-feira (18), os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestaram em relação à solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que as plataformas de redes sociais identifiquem os usuários apoiadores de Bolsonaro. A defesa argumentou que essa solicitação demonstra um “patrulhamento ideológico”.

Segundo a defesa, ao requerer a identificação de quase cinquenta milhões de seguidores do ex-presidente em suas redes sociais, a mensagem subliminar transmitida é que todos aqueles que exerceram livremente seu direito de acompanhar a movimentação dos perfis de Bolsonaro poderão, no futuro e de forma oportunista, ser questionados por essa escolha.

Na segunda-feira (17), o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, solicitou ao STF que as redes sociais sejam obrigadas a enviar todas as postagens de Bolsonaro relacionadas às eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (STF) e Forças Armadas. Além disso, o pedido inclui a lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores do ex-presidente.

A defesa de Bolsonaro alega que essa solicitação da PGR representa uma ameaça à liberdade de expressão e um claro patrulhamento ideológico. Argumentam que os seguidores de Bolsonaro, assim como qualquer cidadão, têm o direito de exercer sua liberdade de escolha política sem o receio de serem questionados ou perseguidos futuramente.

Esse embate entre a PGR e a defesa de Bolsonaro coloca em evidência a importância do equilíbrio entre a liberdade de expressão e a investigação de possíveis infrações legais. É essencial garantir que os direitos fundamentais sejam respeitados e que não haja abusos no uso das informações pessoais dos indivíduos. O caso será acompanhado atentamente para que se preserve a integridade dos princípios democráticos.

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