Pré-candidata opositora na Venezuela denuncia agressões durante evento de campanha

Neste sábado (15), María Corina Machado, pré-candidata à presidência da Venezuela e favorita nas pesquisas de oposição, fez uma denúncia alarmante de que pessoas ligadas ao presidente Nicolás Maduro tentaram impedir, com violência, um evento de campanha no bairro de Petare, em Caracas.

Imagens divulgadas pela mídia local mostram que partidários da ex-deputada foram hostilizados por indivíduos, alguns deles vestindo vermelho, cor tradicionalmente associada ao chavismo, e portando pedaços de madeira. A situação se intensificou quando María Corina chegou ao local, com agressores tentando agredi-la enquanto seus seguidores a protegiam.

Posteriormente, em outro ponto de Petare, a pré-candidata afirmou que o governo do país “se dedicou a semear o terror e a violência”.

Segundo María Corina, entre os agressores havia pessoas armadas, e o governo busca desestimulá-la de sua intenção de concorrer à presidência.

Na sexta-feira (14), ela também passou por outro incidente quando um grupo de pessoas tentou bloquear a passagem de seu veículo no município de Vargas, onde também estava fazendo campanha.

A oposição venezuelana, reunida na Plataforma Unitária, condenou veementemente esses atos de violência contra líderes das forças democráticas, como o ocorrido com María Corina Machado em Petare.

O objetivo da oposição é alcançar, democraticamente e com o apoio de uma imensa maioria, a mudança política tão necessária para o país.

Vale ressaltar que vários candidatos estão disputando as primárias que ocorrerão em 22 de outubro, incluindo Henrique Capriles, duas vezes candidato presidencial, e Freddy Superlano, que se inscreveu no lugar de Juan Guaidó quando este fugiu para os Estados Unidos. Na última segunda-feira, Maduro alegou que os candidatos das primárias estão buscando uma “guerra” e a “destruição econômica” do país, lançando acusações infundadas.