Empresário de São Paulo é alvo de inquérito após confronto com ministro no Aeroporto Internacional de Roma

No recente episódio que abalou o cenário político, o empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, emerge como um dos protagonistas do confronto com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Internacional de Roma. Residindo em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo, Mantovani é esposo de Andreia, a primeira brasileira a hostilizar o ministro, lançando-lhe duras críticas como “bandido, comunista e comprado”. Juntamente com eles, Alex Zanatta Bignotto, genro de Mantovani, também se envolveu no incidente.

A família Mantovani é conhecida na região de Santa Bárbara D’Oeste por seu envolvimento em negócios locais. Bignotto, por exemplo, é proprietário de uma corretora de imóveis, enquanto Mantovani atua na administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.

Em 2020, Mantovani direcionou cerca de R$ 19 mil para campanhas eleitorais e para o Partido Social Democrático (PSD) de Santa Bárbara D’Oeste. Desse montante, R$ 4 mil foram destinados à campanha de José Antonio Ferreira, candidato pelo PSD à prefeitura da cidade, que, infelizmente, não logrou êxito nas eleições. Além disso, Mantovani transferiu R$ 11 mil para a direção do PSD local. No mesmo ano, o empresário também contribuiu com a campanha de Josué Ricardo Lopes, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que acabou sendo eleito prefeito de Socorro, município do interior de São Paulo. Vale ressaltar que Mantovani cedeu um imóvel para ser utilizado como comitê durante a campanha de Lopes.

Apesar de ter sido apontado como um dos agressores do filho de Alexandre de Moraes, Mantovani manifestou a opinião de que o incidente não foi algo extraordinário e preferiu aguardar os pronunciamentos das autoridades antes de fazer qualquer comentário. Ele expressou seu desejo de evitar ódio e revanchismo, destacando que é fundamental conhecer as acusações que possam ser feitas antes de emitir qualquer posicionamento.

No momento do ocorrido, Moraes encontrava-se acompanhado de sua família no aeroporto, retornando de uma palestra no Fórum Internacional de Direito realizado na Universidade de Siena. Mantovani relatou que presenciou apenas o ministro se dirigindo a uma sala VIP, enquanto uma pequena confusão envolvendo alguns brasileiros se desenrolava nas proximidades. Segundo ele, alguns dos envolvidos foram embora, e ele e sua família acabaram sendo os alvos da atenção das autoridades. No entanto, ele ressalta a importância de aguardar os desdobramentos e pronunciamentos oficiais sobre o incidente.

Embora tenham sido abordados e identificados pela Polícia Federal ao chegarem no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, Mantovani e sua família não foram presos. O inquérito em curso tem como objetivo investigar as ações e possíveis crimes cometidos durante o confronto com o ministro.

O desfecho desse caso promete gerar amplas discussões e reflexões sobre o respeito às instituições e às autoridades, bem como a liberdade de expressão e os limites do debate político. A sociedade aguarda por respostas e esclarecimentos que contribuam para a compreensão plena dos eventos ocorridos no Aeroporto Internacional de Roma.

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Bruno Rigacci

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