O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) convocou ministros do governo de Lula como suas testemunhas em um processo de cassação em andamento na Assembleia Legislativa do Paraná. Essa é a terceira vez que o parlamentar enfrenta ações disciplinares.
Os ministros de Estado arrolados como testemunhas são Silvio Almeida, de Direitos Humanos, e Anielle Franco, da Igualdade Racial. Na segunda-feira (10), o Conselho de Ética analisará a defesa do deputado, que foi apresentada em junho.
O processo administrativo trata da quebra de decoro parlamentar por parte de Renato Freitas e de seu adversário nas sessões legislativas, o deputado Ricardo Arruda (PL-PR), por ultrapassarem os limites razoáveis em seus embates na Casa.
Em seus discursos, Freitas tem se referido ao governador do estado, Ratinho Júnior, de maneira desrespeitosa, utilizando termos como “rato”. Esse comportamento também contribui para sua condenação por quebra de decoro.
Vale destacar que o deputado petista já foi cassado duas vezes quando ocupava o cargo de vereador em Curitiba, porém, o Judiciário o absolveu em ambas as ocasiões.
No ano passado, após participar da invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário durante uma manifestação contra o racismo, Freitas teve seu mandato cassado por 25 votos contra cinco na Câmara Municipal de Curitiba. Entretanto, o Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu a sessão que o cassou por entender que não foram respeitados os prazos legais.
Em agosto de 2022, o deputado do PT foi cassado novamente, dessa vez com 23 votos contra sete e uma abstenção. No entanto, Freitas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que restituiu seu mandato de vereador, anulando a decisão do Legislativo mais uma vez.
Nas últimas eleições, em 2022, Renato Freitas se elegeu como deputado estadual pelo PT com quase 58 mil votos.
O processo de cassação em curso na Assembleia Legislativa do Paraná é mais um capítulo na trajetória conturbada do parlamentar, que enfrenta desafios éticos e disciplinares relacionados ao seu comportamento e conduta política.
