Brasília, 5 de julho de 2023 – Documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro revelaram que policiais militares do Distrito Federal se esconderam no banheiro da Suprema Corte quando manifestantes invadiram o prédio.
As imagens das câmeras de segurança mostram um grupo de militares entrando no banheiro em busca de proteção contra os vândalos que causaram danos à sede do STF durante a invasão.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) está entre as entidades investigadas pela CPMI. Os policiais militares do Distrito Federal eram responsáveis por impedir que os manifestantes se aproximassem dos prédios públicos durante os protestos.
Dentro da sede do STF, a segurança era de responsabilidade de 54 policiais judiciais, que estavam escalados no dia. Esses agentes têm a função de proteger o patrimônio da Justiça e atuam apenas dentro dos limites da Corte.
Após os ataques ocorridos em 8 de janeiro, 21 agentes de outros tribunais foram deslocados para reforçar a segurança no STF, mas já era tarde demais. Os atos de vandalismo causaram danos estimados em R$ 11,4 milhões.
Essas revelações trazem à tona questionamentos sobre a atuação dos policiais militares do Distrito Federal durante a invasão e sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas na ocasião. A CPMI dos atos de 8 de janeiro continuará investigando o ocorrido, buscando esclarecer as responsabilidades e propor medidas para evitar eventos semelhantes no futuro.
