Durante a abertura do 26° Encontro do Foro de São Paulo, realizado em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma defesa enfática da governança de esquerda, mesmo reconhecendo possíveis “equívocos”, em contrapartida à gestão de direita. Lula também declarou que não se sente ofendido ao ser chamado de “comunista”.
Em seu discurso, o líder petista enfatizou que não se sente ofendido quando rotulado como comunista ou socialista, mas ressaltou que ficaria ofendido se fosse chamado de nazista, neofascista ou terrorista. Para Lula, os termos comunista e socialista não são motivo de ofensa, pois fazem parte do ideário histórico progressista e de esquerda.
O presidente brasileiro reconheceu que o discurso relacionado à família, ao costume e ao patriotismo, geralmente associado aos conservadores, não faz parte das pautas históricas progressistas e de esquerda. Ele destacou que a esquerda enfrenta esses discursos e que historicamente aprenderam a combatê-los.
Lula também destacou o período entre 2002 e 2012 como o melhor momento da América Latina, coincidindo com sua presidência e a da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele mencionou que o Foro de São Paulo foi criado com o objetivo de promover o diálogo e a disputa democrática entre os diferentes partidos e organizações de esquerda, sem a necessidade de eliminar suas divergências internas.
O Foro de São Paulo foi fundado em 1990 por Lula e pelo ex-presidente de Cuba, Fidel Castro. A organização reúne partidos e entidades de esquerda de países da América Latina e do Caribe, com o propósito de combater o imperialismo e o neoliberalismo, além de buscar espaços políticos para implementar suas pautas.
A fala de Lula durante o encontro do Foro de São Paulo destaca seu compromisso com a governança de esquerda e sua visão sobre a importância do diálogo e da disputa democrática no cenário político latino-americano. Suas declarações reafirmam seu posicionamento político e seu engajamento na promoção dos ideais progressistas na região.
