Presidente Lula opta por modelo híbrido entre GSI e Polícia Federal para segurança presidencial

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adotar um modelo híbrido de segurança presidencial, envolvendo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal. O decreto oficializando essa decisão será publicado no Diário Oficial da União na sexta-feira.

Em coletiva de imprensa, Costa afirmou que Lula optou por um modelo no qual o GSI e a Polícia Federal trabalharão juntos para garantir a segurança do presidente e de sua família. O anúncio foi feito após uma reunião com Lula, na qual também esteve presente o general Marcos Amaro, do GSI.

Costa explicou que a coordenação institucional da segurança ficará a cargo do GSI, de forma coordenada e integrada, com a participação da Polícia Federal. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, o GSI terá um caráter militar e civil ao mesmo tempo e também poderá contar com a atuação da Polícia Federal.

Dino destacou que a Polícia Federal terá uma participação dupla nesse modelo. Primeiro, institucionalmente, devido à coordenação que já existe no órgão. Além disso, haverá a possibilidade de ceder policiais federais ao GSI, conforme decisão do presidente e do vice-presidente, Geraldo Alckmin. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, irá conversar com Amaro para tratar dos aspectos práticos, como treinamento.

A decisão do presidente representa uma derrota para a Polícia Federal, que desejava manter o controle da segurança presidencial. Em janeiro, Lula havia editado um decreto criando a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República, sob responsabilidade da PF. Com a nova decisão, essa secretaria será extinta.

Dino afirmou que não há divergência entre o Ministério da Justiça, Casa Civil, GSI e Polícia Federal, pois todos estão sob o comando do presidente da República. Segundo ele, o fator político que levou à criação da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente foi superado, uma vez que agora há diálogo pleno com todos os órgãos de Estado.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies