O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) tornou-se alvo de um procedimento disciplinar no Conselho de Ética do Senado, quase três anos após ter sido flagrado com cerca de R$ 33 mil escondidos na cueca. O pedido de abertura do processo foi feito pelos partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania, que solicitam a cassação do político.
A decisão de abrir o processo contra Rodrigues foi baseada na análise dos requisitos regimentais do pedido e não no conteúdo das acusações. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi designado como relator do caso. Desde que foi flagrado com o dinheiro na cueca, Chico Rodrigues nega irregularidades e alega ter agido movido pelo “pânico e pelo medo”.
A partir de agora, o Conselho de Ética irá avaliar o caso e poderá propor sanções como advertência, censura, perda temporária do mandato ou cassação do senador. No entanto, qualquer medida que envolva perda de mandato ou cassação precisará ser confirmada pelo Plenário do Senado.
Além do processo aberto contra Rodrigues, o Conselho de Ética do Senado também iniciou procedimentos contra os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE) e Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP).
Na mesma sessão, foram arquivadas as denúncias contra os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Jayme Campos (União Brasil-MT), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Damares Alves (Republicanos-DF) e contra o ex-senador Paulo Rocha (PT-PA).
O caso em questão envolveu a descoberta de dinheiro escondido na roupa íntima do senador durante uma operação da Polícia Federal em outubro de 2020. A operação visava combater um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus em Roraima. Durante a operação, enquanto o senador estava sendo conduzido, um delegado notou um “volume estranho na parte traseira da roupa” de Rodrigues, resultando na apreensão de R$ 33.150.
