Senador acusa governo Lula de tentar esconder a verdade ao impedir depoimento do general Gonçalves Dias
Nesta quarta-feira (14), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) compartilhou uma declaração do jornalista Paulo Cappelli, em que ele afirma que a ação governista para impedir o depoimento do general Gonçalves Dias na CPMI do 8 de Janeiro é uma confissão de culpa. Para Nogueira, o governo Lula (PT) teme a verdade.
De acordo com uma coluna publicada por Cappelli no portal Metrópoles, o resultado da votação na CPMI deixou a sensação de que o governo tem algo a esconder. Na votação realizada na terça-feira (13), a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, Gonçalves Dias, foi rejeitada, mesmo com o general envolvido em diversas polêmicas relacionadas aos acontecimentos de 8 de janeiro.
Cappelli destacou que foi Gonçalves Dias quem estava à frente do GSI durante a invasão das sedes dos Três Poderes e que, antes de deixar o cargo, ele ordenou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) escondesse do Congresso os alertas que recebeu sobre o risco de atentados.
O jornalista ressaltou que a convocação dos bolsonaristas Anderson Torres e Mauro Cid, juntamente com a benevolência em relação a Gonçalves Dias, evidencia a eficiência dos parlamentares aliados do governo na blindagem. No entanto, também expõe para a sociedade que a CPMI, composta majoritariamente por aliados de Lula, terá alvos seletivos.
Essas declarações apontam para a percepção de que o governo Lula estaria agindo para evitar que informações comprometedoras sejam reveladas na CPMI do 8 de Janeiro. A rejeição da convocação do general Gonçalves Dias e a suposta proteção aos aliados do ex-presidente levantam questionamentos sobre a imparcialidade e a transparência do processo investigativo.