Ministro da Casa Civil se desculpa por chamar Brasília de “ilha da fantasia”
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, pediu desculpas nesta quarta-feira (7) por ter utilizado a expressão “ilha da fantasia” ao se referir a Brasília. Ele justificou que a declaração foi um desabafo e reconheceu que suas palavras não foram felizes, permitindo interpretações negativas.
Em suas redes sociais, Rui Costa afirmou que não teve a intenção de atacar a cidade ou seu povo, e lamentou que suas palavras tenham sido distorcidas nesse sentido. A retratação veio após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamar a atenção do chefe da Casa Civil e aconselhá-lo a fazer um pedido público de desculpas.
As declarações controversas foram proferidas na sexta-feira passada, durante a inauguração do Hospital Regional Piemonte do Paraguaçu, em Itaberaba (BA), onde Rui Costa representava o governo federal. Além de ter utilizado a expressão “ilha da fantasia” para se referir a Brasília, o ministro também criticou a localização da cidade, afirmando que ela “fez muito mal ao Brasil”.
Rui Costa defendeu que a capital federal estivesse localizada em uma grande cidade, de forma que aqueles que adentrassem os prédios da Câmara dos Deputados ou do Senado passassem por áreas carentes, como favelas e viadutos, testemunhando a realidade de pessoas que enfrentam desemprego e necessidades básicas.
Em seu pedido de desculpas, o ministro atribuiu o teor de suas declarações a uma demonstração de inconformidade com os processos de escolhas e decisões tomadas. Ele reconheceu que suas palavras não foram adequadas para expressar sua insatisfação, e reiterou seu respeito à cidade de Brasília e aos seus habitantes.
As declarações de Rui Costa geraram repercussão negativa em Brasília e resultaram em pedidos de demissão dirigidos ao ministro. A retratação pública busca amenizar as tensões causadas pelo episódio e demonstrar sua disposição em corrigir o equívoco cometido, reforçando o compromisso com a harmonia e o respeito entre os governantes e as diversas regiões do país.