Um trâmite burocrático que precisa ser realizado pelo Ministério da Fazenda, pasta chefiada por Fernando Haddad, pode causar um prejuízo de ao menos R$ 1,5 bilhões caso não seja viabilizado. O cerne da questão envolve a contratação de seguros para exportações de alto valor agregado.
Segundo reportagem do site Poder360, a Fazenda está desde o início de maio sem fazer a aquisição dos seguros. Com isso, a consequência é a interrupção de novas vendas, o que leva ao prejuízo bilionário. A estimativa do valor, de acordo com o veículo, é de pessoas ligadas ao ministério.
O órgão responsável pela aquisição da proteção para exportações é a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF). No entanto, a entidade teve seu contrato com o governo federal encerrado no último dia 30 de abril, o que impediu novas contratações desde então.
Com um quadro no qual não há garantia e os riscos aumentam, as empresas exportadoras reduzem drasticamente ou até mesmo não enviam seus produtos para outros países por medo de calote.
Aliado ao imbróglio contratual, esteve também uma disputa entre os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços a respeito de qual das pastas teria a agência sob seu controle. Ao final, quem acabou levando foi a Fazenda.
No início de abril, a ABGF foi retirada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do plano de desestatização que tinha sido elaborado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No governo anterior, as renovações contratuais com a agência eram feitas a cada três meses justamente pela existência do plano de privatização.
Após a agência deixar a lista, começou a ser costurado um novo contrato, agora de 12 meses. No entanto, o governo ainda precisa correr contra o tempo para realizar o acerto e assim evitar maiores prejuízos.
Fonte: Pleno News
