Paes contraria Bolsonaro e firma 7 de Setembro no centro do Rio
– Evento organizado aonde o exército solicitou e aonde sempre foi feito. Simples assim! Prefeito aqui não trabalha na birra nem na fofoca. Preferências políticas e administração são coisas distintas. E as posições políticas aqui sempre foram claras – ressaltou o prefeito, que declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno das eleições.
No final de julho, durante convenção que oficializou a candidatura de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo, Bolsonaro informou, mesmo sem um pedido oficial à Prefeitura do Rio, que a cerimônia seria em Copacabana.:
– Às 16h [do dia 7 de Setembro], nossas Forças Armadas estarão desfilando na Praia de Copacabana ao lado de nosso povo – declarou.
A ideia seria capitalizar o bicentenário da proclamação da Independência e demonstrar força política. Na convenção do PL, realizada no dia 24 de julho, no Rio de Janeiro, o presidente convocou apoiadores para irem às ruas no dia 7 de setembro.
– Nós somos a maioria, nós somos do bem, nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade, pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de Setembro, vá às ruas pela última vez – disse.
A contragosto do chefe do Executivo, o órgão municipal confirmou, per meio de um edital publicado no Diário Oficial, que a comemoração da data acontecerá no centro da cidade, na avenida Presidente Vargas, em torno do Pantheon de Caxias. Ainda segundo o documento, diversas estruturas de metal, toldos, arquibancadas, tribunas, além de grades e sonorização, serão adquiridas e instaladas para o desfile, com um custo estimado de R$ 318.035.
Ao portal UOL, a Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que, “até momento, não recebeu nenhum pedido de alteração do local do desfile de 7 de setembro e, por isso, segue com o trabalho de apoio logístico para que o evento ocorra em seu local tradicional, a Av. Presidente Vargas”.
EDITAL NÃO CITA FORÇAS ARMADAS
No mesmo dia em que Bolsonaro afirmou que o desfile havia sido transferido para a praia de Copacabana, o presidente também disse que as Forças Armadas e forças auxiliares, as polícias militares, desfilariam no evento. Entretanto, o edital da prefeitura não cita essas participações.
De acordo com o texto, a polícia militar somente estará presente na interdição da Avenida, colaborando com a CET-RIO (Companhia de Engenharia e Tráfego do Município do Rio de Janeiro) e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro.
Fonte: Pleno News