Cirurgião de Bolsonaro aponta o estresse como um agravante

Internado no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, desde a quarta-feira (14), quando foi diagnosticado com uma obstrução intestinal após sentir dores abdominais, o presidente Jair Bolsonaro ainda não tem previsão exata de alta, mas vai sair do hospital com a orientação de evitar comer rápido em situações de estresse e de fazer caminhadas diárias para evitar novos episódios como esse.

A recomendação é do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o chefe do Executivo desde 2018, quando ele foi vítima de um ataque a faca.

Em entrevista ao Estadão neste sábado (17), Macedo afirmou que já vinha acompanhando as queixas de soluço de Bolsonaro e, em parceria com o cardiologista Ricardo Camarinha, médico do presidente, tinha prescrito medicamentos e indicado uma dieta mais leve.

Segundo ele, o quadro de obstrução intestinal é “potencialmente grave”, mas a situação já estava controlada quando chegou a Brasília para avaliar o estado de saúde do presidente.

Um dos principais cirurgiões de aparelho digestivo e de cirurgia robótica do país, Macedo informou que o “tratamento conservador” era o mais indicado para o caso, pois uma nova operação abriria espaço para novas obstruções, tendo em vista que o evento tem relação com as seis cirurgias realizadas desde a facada.

Ele descartou a relação com eventuais esforços físicos das motociatas realizadas pelo país, mas citou impactos do estresse para esses casos.

– Não tem relação nenhuma com passeata, andar de moto. Nada disso[…] O que acontece é que, às vezes, quando a pessoa está estressada, ela come um pouco mais rápido e não mastiga o suficiente. A gente orienta o paciente a mastigar 15 vezes cada garfada – explicou.

O cirurgião classificou mais uma vez o presidente como um paciente que obedece a orientações médicas e disse que ele está evoluindo, andando pelo hospital e se exercitando.

*AE

Fonte: Pleno News

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Bruno Rigacci

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